A história tem a "versão" de quem a conta. Em busca das minhas origens, de saber quem eram aqueles que me antecederam, tenho procurado os elos perdidos. Difícil, porque quem poderia contar a história verdadeira não está mais aqui.
Reuni aqui fragmentos, pequenas histórias que me foram contadas há muito, muito tempo... Queria saber mais e estou em busca de Ksenia, de Honória, de Elzbizia e de muitos que formaram minha história e me trouxeram até aqui.
Do lado paterno trago dois sobrenomes:
Kupchak e Horochovski
Honória Kupchak e João Horochovski
Tiveram 10 filhos - moravam em Rio Azul, Paraná. O casal tinha um armazém (ou padaria?).Ela tomava conta e o marido, mascate, vivia viajando. Tiveram dez filhos.
Vovó Honória Kupchak, provavelmente, morreu em um hospital de Ponta Grossa, em 1925.
O avô João, consta que nasceu na Sibéria. Ela teria vindo da Mongólia. Os nomes, provavelmente, foram "abrasileirados".
No navio, para se aquecerem durante o frio intenso, dormiram abraçados. Chegando aqui, foram obrigados a casar. Dizem que ela tinha 12 anos!
Depois que ela morreu, com filhos ainda muito pequenos, João foi embora para o Rio Grande (RS) e nunca mais voltou. Filhos menores foram distribuídos e tiveram um terrível início de vida, foram quase escravizados pelos próprios parentes. Descendentes da segunda família que João formou e que vivem no Rio de Janeiro, contaram que ele viveu até os 100 anos.
Lado materno
Tudo começa quando Pedro e Basílio Dunetzvieram de Kiev (Ucrânia) para o Brasil em 1902.Damiano, meu avô materno nasceu em 14/03/1886 e aos 16 anos veio como clandestino no navio, junto com os irmãos.
Eles eram filhos de Clement e Ksenia Dunetz.
Damiano casou com Juliana Solarewicz, com quem teve Waldomiro Dunetz. Juliana morreu picada por uma cobra. Damiano casou então com a irmã mais nova, Josefa Solarievicz, minha avó, que criou Waldomiro como seu filho. Tiveram mais nove filhos: Carolina,minha mãe, Joana, Emília, Isabel, Lidia, Eugênia, João, Eduardo e Guisélia, que morreu ainda criança afogada em um poço.
Família Solarievicz, família da minha avó materna. A única família que temos a entrada registrada no Brasil, chegou pelo Porto de Paranaguá. Existe documento no Arquivo Público do Estado datado de 1.895/96.
Jan Solarievicz nasceu em 1851 e aos 44 anos veio com seis filhos para o Brasil. Eram pessoas que tinham melhor qualidade de vida na Europa. Ele seria chefe de estação de trem em Viena, um cargo bastante importante na época ( isto foi contado por minha mãe, mas não tenho provas). Trouxeram porcelanas e roupas de linho na bagagem. Para a mulher de Jan, Elizabeth(?) Elzbizia (?), (A grafia varia em alguns documentos) ficou sempre o desejo de retornar à antiga pátria. Quando chegou ao Brasil, ela tinha 37 anos. Nasceu em 1858.
Os filhos tinham 16 (Albini), 14 (Edward), 12 (Jan), 6 (Júlia), (Ferdinand) 4 anos e minha avó recém nascida (04/04/1895). Meus avós eram casados há 17 anos quando emigraram para o Brasil. 1878 é a provável data do casamento.
Espero ir conseguindo unir os elos, buscando saber mais sobre meus antepassados...
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